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Hospital fechado… eu tenho um culpado e você, em quem coloca a culpa???

Faz parte da natureza humana encontrar um culpado, sempre que algo fracassa ou dá errado! Em Alfredo Wagner a situação não é diferente e, com o fechamento do Hospital, muitos “culpados” foram apontados de forma injusta. Existe um culpado, é verdade! Porém, não é o Prefeito, não é a Prefeitura, não é a Câmara de Vereadores e nem mesmo a Diretoria do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Prevenção

O nome do culpado é: Prevenção!

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O ditado que afirma: “Prevenir é o melhor remédio” está mais do que certo!

O Brasil, a partir dos anos 1990 passou a investir em prevenção, através de vacinação, acompanhamentos frequentes, consultas gratuitas, remédios gratuitos. Esta realidade só chegou a Alfredo Wagner (assim como a diversos municípios pelo Brasil afora) pela década de 2010. Até essa época, os hospitais de cidades pequenas viviam com lotação quase que completa.

Quando cheguei a Alfredo Wagner, era comum nosso hospital estar com 30, 40, 50 pessoas internadas. Hoje não ocorre mais isso. Em recentes ocasiões em que o Hospital esteve aberto com frequência o número de internações dificilmente chegava a 10 pacientes.

Prevenção, eis o fator que levou a muitos hospitais do interior a uma situação crítica e de dificuldades financeiras.

Sem procedimentos (internações, curativos, consultas, remédios, etc) não há pagamento. O custo aumentou, mas a fonte de renda dos hospitais diminuiu.

E agora, o que fazer??

Há muitas soluções! Quando digo, muitas, são muitas mesmo!

Por exemplo, uma delas é a incorporação do Hospital pela Prefeitura. O Posto de Saúde poderia ser ampliado para receber internações, liberando o prédio do Hospital para ocupação pela Prefeitura (que deixaria de pagar aluguel ao Banco do Brasil) e pela Câmara de Vereadores. O local ocupado pela Câmara poderia ser uma extensão do Posto de Saúde com alas para internação. O Samú já está ao lado… facilitando a todos. A Prefeitura irá contratar mais dois médicos para o Posto de Saúde que poderiam revesar o plantão a noite e fins de semana.

Esta seria uma solução simples e rápida!

Outra solução, também simples e rápida, que está sendo usada por diversos hospitais e clínicas é o oferecimento de serviços diferenciados e procedimentos que trazem maior rendimento para as entidades. A própria Fundação Médico Assistencial de Amparo ao Trabalhador Rural, administradora do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, pode buscar estas parcerias e trazer para Alfredo Wagner “n” tipos de especialidades.

Quem não quiser ficar na fila de espera do SUS, costuma recorrer a clínicas que tem parceria com as Prefeituras (inclusive a nossa) que em geral pagam metade do procedimento enquanto o paciente paga a outra metade.

A maioria dos deslocamentos para atendimento médico fora do município é destinada a consultas, encaminhamentos, exames, etc, que poderiam ser feitos aqui se a Fundação abrisse sua visão administrativa para uma independência ativa de doações e ajudas.

Um dos empreendimentos que mais cresce economicamente no Brasil é aquele ligado à área da Saúde. Hoje, vale mais a pena se gastar com prevenção do que com internação e essa verdade é buscada pelo brasileiro em geral.

A Fundação que administra o Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Alfredo Wagner poderá se recuperar, e muito rapidamente, se buscar esse tipo de solução, abandonando soluções paliativas e de efeito momentâneo e circunstancial.

O Prefeito Naudir A. Schmitz falou em recente reportagem na possibilidade de abrir uma ONG para solucionar o problema do Hospital… A Fundação Médico Assistencial de Amparo ao Trabalhador Rural já é uma ONG… a própria Associação dos Amigos do Hospital (fundada recentemente com o mesmo objetivo) também é uma ONG. Não é preciso fundar mais uma organização não governamental… a proprietária e administradora do Hospital pode, por si mesma, adotar medidas necessárias para escapar dessa crise, basta ter uma visão diferenciada e busque na iniciativa privada a solução!


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