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As fintechs ao invés dos bancos tradicionais

Por: Priscila Gorzoni

Você é daquelas pessoas que foge de burocracias, não gosta de bancos, e quer um cartao de credito anuidade gratis para sempre com um clique? Então para você a opção ideal são as fintechs, que oferecem isso e mais algumas vantagens.Já imaginou não ter que enfrentar mais filas, gerentes de bancos, e a burocracia de abrir uma conta no banco?

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Pois é, assim que funcionam as fintechs, e por isso se tornaram moda no Brasil, mais do que isso, elas vieram para ficar. O sucesso delas é tamanho, que as fintechs cresceram mais de 350%, entre 2015 e 2017.

O termo fintech tem origem em duas palavras em inglês “financial” e “technology”. “São empresas que através da tecnologia passaram a oferecer serviços financeiros inovadores, ajudando na agilidade e desburocratização dos processos. Diferente dos grandes bancos, as fintechs tem se especializado em nichos específicos ao invés de tentar abraçar todo o mercado”, explica Rachell Suntak, educadora e consultora financeira da Código Financeiro.

Cada vez mais brasileiros aderem a elas, justamente porque estão antenadas com os tempos modernos e tecnológicos.

Quem são eles?

Os especialistas Rachell, Rebeca Nevares, sócia-fundadora da Ella’s Investimentos e João Pedro Tonini, vice-presidente de tecnologia e produtos da Wirecard Brasil explicam que essa forma de bancos, conhecidos também como digitais e fintechs surgiram para suprir uma nova geração de consumidores, os que tem entre 20 e 35 anos, que buscam simplicidade, custos mais baratos e independência.

Essa nova geração tem uma diferenciação de consumo. As pessoas querem algo mais simples, mais fácil e mais tecnológico. Se você olhar para o público das fintechs vai reparar que são pessoas mais jovens, com idades entre 20 e 35 anos, e que buscam uma simplicidade maior, tecnologia e aplicativos melhores. Em segundo lugar, eu destaco a questão dos custos. As fintechs são mais baratas do que os bancos para os clientes. Existem empresas que simplesmente não cobram taxas para transferências e investimentos, por exemplo. Elas buscam uma independência maior”, relata Nevares.

O público das fintechs é imediatista e bem informado, por isso não precisa de um intermediário. Rebeca explica que as fintechs vieram para ficar, e trouxeram uma mudança de comportamento, mas ainda estão longe de derrubarem o reinado dos grandes bancos. “Porém, essas empresas já nascem com uma cultura bastante positiva de excelência no atendimento ao cliente, enquanto grandes bancos ainda estão “engatinhando” nesta questão”, lembra a sócia-fundadora da Ella’s Investimentos.

Elas são menos burocráticas

Por outro lado, as fintechs, ocupam um espaço vago no cenário financeiro brasileiro, que ainda é restrito, e concentrado em quatro ou cinco grandes bancos. Por conta da pouca concorrência, nunca pensaram em reduzir as burocracias e facilitar o acesso de todos aos seus serviços. “As fintechs vieram como uma resposta a essa carência do mercado, permitindo que todos tenham acesso ao crédito e outros produtos essenciais para uma vida financeira mais inclusiva“, lembra João Pedro Tonini, vice-presidente de tecnologia e produtos da Wirecard Brasil.

Rachell Suntak, educadora e consultora financeira da Código Financeiro lembra que o público cobiçado pelas fintechs é significativo. “Segundo Relatório da Cidadania (2016) emitido pelo Banco Central, mais da metade da população possui acesso a celular e uso de internet, porém 1 em cada 3 brasileirosnão dispõe de conta bancária. Com um mercado tão amplo e promissor abriu-se margem para o surgimento e estabelecimento das fintechs, termo que muito tem se falado”, lembra a especialista.

Elas chamam a atenção

As fintechs chamam a atenção do consumidor brasileiro por vários fatores, Entre eles o de terem se especializado em nichos específicos ao invés de tentar abraçar todo o mercado, sua operação é feita no ambiente virtual, seus processos são otimizados e o foco é direcionado ao cliente. “O próximo diferencial das fintechs são em relação aos bancões, desburocratização e agilidade. Creio que o momento de maior notoriedade tenha sido com o surgimento do NuBank e seu cartão de crédito, que pode ser solicitado pelo aplicativo e com isenção de anuidade”, exemplifica Rachell.

Esse fato abriu um largo caminho para que a cada dia novas fintechs surgissem, oferecendo diversos serviços, tais como corretoras de investimentos, pagamentos através de máquinas de cartão e aplicativos, controles financeiros, linhas de crédito, seguradoras, crowdfunding (plataforma de financiamento coletivo) e plataformas de criptomoedas.

Outro diferencial das fintechs é o custo operacional reduzido, em comparação aos bancos tradicionais. “Por isso passaram a oferecer para seus novos clientes desde isenções de encargos para contas correntes a juros menores e opções de empréstimos personalizados.Com um leque muito maior de produtos bancários disponíveis que antes estavam restritos a solicitações presenciais e burocráticas na sua própria agência, e assim elas vão ganhando corpo e mercado”, indica Suntak.

 


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