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Blindando o Senador…

Demorou, mas a celeuma ocasionada pela divulgação que o filho de Bolsonaro estava adquirindo uma mansão de R$ 6 milhões teve uma explicação oficial.

O 1º filho vendeu imóvel no Rio de Janeiro para pagar parte do valor, financiando o restante. Eis o trecho da nota:

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A casa adquirida pelo senador Flávio Bolsonaro em Brasília foi comprada com recursos próprios, em especial oriundos da venda seu imóvel no Rio de Janeiro. Mais da metade do valor da operação ocorreu por intermédio de financiamento imobiliário“, observou a nota.

O episódio, entretanto, não ficou restrito à uma simples aquisição… ele alterou também a indicação para o Banco do Brasil. O indicado seria justamente o presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, que teria favorecido o negócio do Senador Flavio. O nome dele, defendido pelo governador Ibaneis Rocha (Distrito Federal), era o favorito na semana passada.

Mas tudo mudou pois a escritura do imóvel adquirido pelo filho de Bolsonaro indica que ele financiou R$ 3,1 milhões do valor do imóvel pelo Banco de Brasília com taxas que variam de 3,65% a 4,85% ao ano, ou seja, abaixo do preço de mercado.

O Palácio do Planalto avaliou o episódio como um fator que inviabiliza a nomeação. Paulo Henrique Costa continuará no Banco de Brasilia pois o receio do presidente, segundo assessores palacianos, é de que uma indicação para o Banco do Brasil dê a impressão de troca de favores entre indicado e o Senador Flávio.

Lembra do caso das “Rachadinhas”? Na denúncia oferecida contra o senador na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o Ministério Público apontou que as operações de compra e venda de dois imóveis foi usada para lavagem de dinheiro.

O documento, divulgado nesta terça-feira (2), não menciona a suspeita do Ministério Público, mas ressalta que tudo está registrado em escritura pública e finalizando que “qualquer coisa além disso é pura especulação ou desinformação por parte de alguns veículos de comunicação“.

O governo receia que o episódio, sobretudo as imagens da mansão, sejam usados por opositores do presidente para associar à gestão federal uma imagem de corrupção, enfraquecendo o discurso explorado na campanha eleitoral contra o PT.

O episódio provocou reação da base bolsonarista nas rede sociais, um indicativo de que ele foi mal visto pelos próprios eleitores do presidente. Na segunda-feira (1º), segundo constatou integrantes do bunker digital do Palácio do Planalto, a maioria dos comentários sobre o fato eram negativos, assim como a decisão de anulação da quebra de sigilo bancário e fiscal do senador.

Proteger o 1º filho poderá comprometer a reeleição de Bolsonaro.

 


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