Quem acompanha as notícias anda preocupado com os acontecimentos que poderão romper a paz democrática nos próximos meses.
No Estadão, Eliane Cantanhede aponta que os “militares se unem a Judiciário e Legislativo para dizer ‘não’ a Bolsonaro“ e que “Azevedo e Silva não segue cartilha da humilhação e submissão do general Eduardo Pazuello“, acrescentando que “Nem os militares aguentam mais”. Segundo a colunista, “na Marinha e na Aeronáutica concentram-se a insatisfação com a falta de compostura do presidente e a indignação com as menções recorrentes às Forças Armadas para ameaças e chantagens políticas“.
“A gota d’água que levou o caldeirão de insatisfações do presidente com o ex-ministro da Defesa a transbordar foi a notícia de que o Exército se prepara para a terceira onda da covid-19, com reforço do isolamento social. Bolsonaro cobrou a demissão do general que deu entrevista sobre o tema, Azevedo e Silva a recusou e caiu“, afirmou Maria Cristina Fernandes em artigo onde diz que os militares resistem ao alinhamento a Bolsonaro.
No Globo, Merval Pereira avalia que Bolsonaro tenta aplicar um autogolpe, mas acredita que o movimento não será fácil. “Pelos motivos que saiu (o general Azevedo e Silva), mostra que os militares estão comprometidos com o estado democrático de direito, e não será fácil a Bolsonaro usar as Forças Armadas como instrumento político para um possível autogolpe“.
Das manchetes de capa da Mídia brasileira, o Estadão foi quem melhor percebeu o impacto político do movimento do presidente da República. O jornal destaca que a queda do ministro da Defesa ocorreu porque o General Fernando Azevedo e Silva recusou o uso político das Forças Armadas.
Sem apoio no Legislativo, desacreditado junto às Forças Armadas, cutucando o Judiciário, resta a Bolsonaro, se aquietar ou romper com todos. O que fará?
Aguardemos!
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