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11º Múltipla Dança começa hoje, dia 24

Criado em 2006 como seminário, mais tarde denominado como festival, Múltipla Dança ocorre durante uma semana do mês de maio, em diferentes espaços culturais de Florianópolis (SC). Trata-se de um programa de ações dedicado a promover a criação e difusão da dança e arte contemporânea, tecido na articulação de artistas profissionais, convidados e público.

A programação prevê a oferta de espetáculos, oficinas, palestras, diálogos, mostra de videodança, conferências, ensaios abertos, exercícios de escrita
crítica e intervenção urbana. De âmbito internacional, o encontro firma-se no calendário cultural da cidade, e detém, inclusive, o Prêmio Cultura 2008, concedido pela Prefeitura de Florianópolis e Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes para projetos de destaque na área cultural. A curadoria e a vinda de convidados do cenário nacional e internacional asseguram a projeção do evento, reconhecido no contexto da dança
contemporânea profissional de Santa Catarina e brasileira. As dez edições são realizadas em 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2014, 2015, 2016 e 2017.

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A descontinuidade (2010-14 e 2017-21) está essencialmente relacionada à falta de apoios e financiamentos, e a precoce morte da administradora e produtora Neiva Ortega (1951-2018), também integrante da equipe de articuladoras do Múltipla Dança, composta por Jussara Xavier, Marta Cesar, Néri Pedroso e Paula Albuquerque.

A concepção e o programa são calcados na multiplicidade. Além da exibição de trabalhos artísticos, o festival quer possibilitar o acesso a diferentes canais de distribuição (teatros, espaços alternativos ou mesmo a rua), o acesso do público em termos físicos (amplitude geográfica, gratuidade de ingresso), o acesso intelectual (encontros, conversas, intercâmbio, publicações, lançamento de livros, entre outras). Ou seja, Múltipla Dança está focado na dança como experiência produtora de conhecimentos e acontecimentos.

11º Múltipla Dança será on-line com 35 convidados

Novo tempo e formato. Diante das incongruências impostas pela pandemia, o 11º Múltipla Dança – Festival Internacional de Dança Contemporânea agora, numa versão inteiramente on-line, ajusta-se, fazendo do impossível uma possibilidade de maior abrangência. Entre os dias 24 e 30 de maio com todas as ações mediadas por tecnologias digitais, o evento envolve cinco países, oito Estados brasileiros, oito cidades catarinenses, 35 convidados, sete espetáculos, um curso de formação para professores de arte, quatro oficinas, dois diálogos, sete intervenções digitais, duas conferências dançadas, um lançamento de livro, uma homenagem e duas mostras, uma de apresentação de resultados de uma das oficinas e uma mostra de videodança que se desdobra em três programas e 26 obras.

Legitimado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura ∕ Artes – Edição 2020, o festival considerado o mais importante nesta área do Sul do Brasil, começa no dia 24, às 21 horas, no Youtube, com uma atração internacional, o espetáculo “Normal”, uma abordagem sobre os obstáculos da vida e a capacidade de resiliência humana. Alias, a companhia de dança contemporânea suíça, é dirigida pelo coreógrafo brasileiro Guilherme Botelho.

Jussara Xavier e Marta Cesar assinam a direção e curadoria do Múltipla Dança. Juntas, desde a primeira edição do festival em 2006, elas entendem que o abalo em escala mundial provocado pela pandemia leva a equipe de trabalho, mais uma vez, a “não tomar adversidade como impedimento, mas transformar na medida do (im) possível os desafios em encontros férteis. O novo formato deste tempo (10+1) tece uma trama afetiva profunda, que solicita um mergulho no desconhecido para buscar o sentido de cada escolha”.

A exemplo das edições anteriores, o evento presta tributo a um profissional do setor cuja atuação esteja em destaque. Neste ano, o escolhido é Marco Aurélio da Cruz Souza, professor, pesquisador, artista da dança, produtor cultural e coordenador do curso de licenciatura em dança da Universidade Regional de Blumenau (Furb) que ele ajuda a idealizar como membro da comissão de criação e que acaba de formar a primeira turma. Em evidência pelo trabalho realizado nesta iniciativa educacional inédita em Santa Catarina, o currículo de Marco Aurélio associa de modo vocacionado vida pessoal e profissional. O seu trabalho tem resultados que muda realidades e projeta o nome de Santa Catarina em esfera nacional.

MÚLTIPLA DANÇA EM NÚMEROS

  • Países: Alemanha, África do Sul, Brasil, França, Suíça
  • Estados: BA, CE, GO, MG, RJ, SC, SP, PE
  • Cidades de SC: Balneário Camboriú, Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Garopaba, Gaspar, Joinville e Pinhalzinho
  • Homenageado: Marco Aurelio da Cruz Souza (SC)
  • Espetáculos:  Adulto: “Normal”, Cia. Alias (Suíça); “Desvios Tático-estratégicos para Sobreviver à Vida Urbana”, Grupo Três em Cena (GO) e “Vis Motrix”, CocoonDance (Alemanha) e “Trottoir” (Calçada), Volmir Cordeiro. Infantil: “Por Ti Portinari”, Cia. Druw; “Dalí, Daqui ou De lá?”, Cia. Druw e “Poetas da Cor”, Cia. Druw (SP)
  • Convidados: Adriana Banana, Aline Blasius, Alejandro Ahmed, Ana Francisca Ponzio, Arnaldo Alvarenga, Beatriz Cerbino, Cristina Castro, Bruno Miranda, Denise Namura, Ederson Lopes, Elton Gomes, Ernesto Gadelha, Deivid Velho, Guilherme Botelho, Larissa Kremer, Karin Serafin, Lilian Vilela, Marco Aurelio da Cruz Souza, Maxwell Sandeer Flor, Michael Bugdahn, Miriam Druwe, Mirtes Calheiros, Néri Pedroso, Orum Santana, Paola Zonta, Paulo Soares, Rafael Guarato, Rafaële Giovanola, Regina Advento, Rodrigo Andrade, Sandra Meyer, Taís Matos, Volmir Cordeiro, Vitoria Correia e Waldir Coral
  • Formação para Professores de Artes: “Recursos e Percursos no Processo criativo: Um Olhar Artístico sobre o Pedagógico”, Miriam Druwe (SP)
  • Conferência Dançada: “Artistas Transpostos – Intervenção em Espaços Abertos”, Regina Advento (Alemanha) e “Dramaturgia Cinética e Dança”, Alejandro Ahmed (SC) e Aline Blasius (SC)
  • Intervenção Digital (vídeo + live): Bruno Miranda (Joinville), Larissa Kremer (Gaspar), Deivid Velho (Florianópolis) em colaboração com Paulo Soares, Waldir Coral (Balneário Camboriú), Tais Matos (Garopaba), Rodrigo Andrade (Blumenau) e Vitoria Correia (Joinville)
  • Lançamento de livro: “Historiografia da Dança: Teorias e Métodos”, Rafael Guarato (Org.), Ed. Annablume, 2018. Conversa com autores: Rafael Guarato (GO), Beatriz Cerbino (RJ) e Arnaldo Alvarenga (MG)
  • Oficinas: “Sankofa – a Dança como Presente”, Orun Santana (PE), “Múltiplas Críticas”, Néri Pedroso (SC), “Dançar Nossas Histórias” – Cie. À Fleur de Peau Denise Namura e Michael Bugdahn (França) e “Dança em Palavras: Experiências com Audiodescrição”, Lilian Vilela (SP)
  • Diálogos: “Representatividade e Fortalecimento das Setoriais de Dança em Santa Catarina” com Maxwell Sandeer Flor (mediador), Elton Gomes, Karin Serafin e Paola Zonta. “Processos de Internacionalização: Trajetórias e Abordagens de Festivais brasileiros” com Marta Cesar (mediadora), Adriana Banana (MG), Cristina Castro (BA), Ernesto Gadelha (CE), Ederson Lopes (SP) e Mirtes Calheiros (SP)
  • Mostras: Mostra de Processo Criativo: resultado da oficina “Dançar Nossas Histórias”, ministrada pela Cie. À Fleur de Peau e Mostra de Videodança (três programas, 26 vídeos). Programa 1: “I.M.P.E.R.M.A.N.E.N.C.E”, “Oh Boy!”, “Scioglilíngua”, “Displaced”, “Source”, “Different Directions”, “4”, “Antitempo”, “Reverb” e “Hands Talk”. Programa 2: “Floors Falls”, “Breath”, “Tábula Rasa”, “Monochrome Trilogy / Black”, “Tormetango”, “The Other Side”, “Mami Origami”, “Back”, “VDO1.6”, “Todos os Pontos da Curva” e “Flow”. Programa 3: “Falling”, “Pilgrimage, “Salt Water”, “Please Yes: Étude Aux Appuis” e “In London”


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