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“Gurus” ameaçam credibilidade do mercado de marketing digital

Segundo a especialista em mídias sociais, Rejane Toigo, a atuação deste profissional é imprescindível para concorrer com “gurus” que infestam o mercado com infoprodutos de péssima qualidade

Todo e qualquer mercado sofre com a atuação de profissionais incompetentes, até desonestos. O setor de marketing digital não é exceção. Segundo a produtora de conteúdo, especialista em mídias sociais e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo, ele é cada vez mais dominado pelos “gurus” do marketing digital, pessoas que não necessariamente possuem experiência, nem competência na área, mas munidos de ousadia e senso de oportunidade infestam o mercado com infoprodutos (cursos, plataformas, soluções etc.) de péssima qualidade, gerando muitas vezes má fama a todo um segmento.

Para Rejane, a solução para este problema está nas mãos dos profissionais que trabalham em agências. Segundo a produtora de conteúdo, são eles que devem educar o mercado, pois detêm o verdadeiro conhecimento em marketing digital, adquirido a partir de sua atuação no “front”, prestando serviços às empresas. “Para quem atua em agência e possui o real conhecimento da área, criar um produto direcionado ao ensino é uma obrigação, não apenas por que isso gera valor à empresa, mas também porque gera valor ao mercado ao capacitar profissionais”, afirma.

A especialista em mídias sociais acredita que a resistência dos profissionais de agências para adentrarem ao mercado de infoprodutos se deve a terem um forte senso de responsabilidade, que, na maioria das vezes, falta aos “gurus” do marketing digital. Conforme Rejane, estes, de uma forma geral, não têm uma real preocupação com a qualidade final do produto, ou seja, com o aprendizado dos clientes. “O raciocínio desse mercado é produzir e vender em escala e só”, explica. O que não raramente desemboca em produtos ruins, alunos que não conseguem aprender, pedidos de devolução e um boca a boca que gera má reputação.

Mas, de acordo com a fundadora da Like Marketing, é possível sim criar infoprodutos responsáveis e de boa qualidade. Para isso, os profissionais devem zelar pelas etapas que os “gurus” costumam ignorar, a saber: a criação e a validação de um método de ensino. Neste sentido, destaca Rejane, primeiramente é preciso definir que tipo de problema o infoproduto pretende resolver. Depois, deve-se estabelecer quem será impactado pela solução. E por fim, como este problema será resolvido (o método em si).

Por sua vez, segundo a especialista em mídias sociais, a elaboração do método em si é baseada em uma estrutura pedagógica, que se caracteriza pela aplicação do chamado funil do aprendizado. Este é definido por três etapas: atenção e retenção do conteúdo; fixação do conteúdo; e aplicação prática. Conforme Rejane, o respeito por estes três passos assegurará que o produto voltado ao ensino idealizado pela profissional de marketing digital será verdadeiramente assimilado pelo cliente (aluno).

A especialista em mídias sociais explica que é na etapa da atenção e retenção que o cliente tem a percepção do aprendizado. “Nem todos os alunos conseguirão aplicar o método que o profissional desenvolveu, porque não fixarão o conteúdo. Dessa forma, é importante que eles percebam que estão adquirindo conhecimento com o produto logo na largada”, diz. É preponderante para essa percepção, segundo a fundadora da Like Marketing, que o aluno seja apresentado a um mecanismo único, criado e sistematizado pelo profissional responsável pelo produto. “O objetivo deste mecanismo é ser um encurtador de caminhos”, comenta.

Na parte da fixação, que nem todos os alunos chegam, ocorre a percepção de empoderamento. Nela, segundo Rejane, o aluno detecta que está aprendendo algo com o infoproduto e sente-se encorajado a aplicar este conhecimento. “Para que haja a percepção de empoderamento, o produto precisa ter um roteiro de módulos e aulas, sequência lógica e atividades. Sem isso, o aluno acreditará que o processo não tem didática”, afirma. 

Já a parte da aplicação prática é onde o aluno tem a percepção de resultados. “Para isso é essencial que seja oferecido a ele ferramentas de aplicação, únicas e as quais, preferencialmente, ele seja capaz de usar mesmo quando acabado o curso”, diz a especialista em mídias sociais.

Rejane pondera que há mais infoprodutos ruins do que bons no mercado. Segundo a fundadora da Like Marketing, boa parte da responsabilidade por este cenário é dos profissionais de agências que não batem de frente com os “gurus”, para criarem produtos de qualidade e ensinarem de fato as pessoas. Assim, a produtora de conteúdo exorta os profissionais à ação. “A partir de qualquer conhecimento que se tenha da área, mesmo que não seja amplo, é possível criar um produto voltado ao ensino”, destaca. E ao se comprometer com o método de ensino e sua validação, o curso/ plataforma/ solução oferecido pelo profissional certamente trará resultados ao cliente” concluí.


Jimenes Comunicação

Patrícia Jimenes


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