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Técnicas de aprendizagem: dicas para potencializar os estudos

Especialmente no caso de ensino, é importante saber que estudar é uma habilidade que pode ser desenvolvida, para que o aprendizado, mesmo a distância, seja mais eficiente.

São Paulo, julho de 2022 – É possível aprender a aprender? De acordo com Alan Dantas, professor de design instrucional para educação da EBAC, líder em cursos online e capacitação profissional, é sim. Reter conhecimento é uma habilidade que pode ser desenvolvida como qualquer outra. E existem técnicas para isso. As dicas a seguir servem tanto para alunos como para professores – que, atentos aos métodos, podem também ensinar de forma mais eficiente.

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A primeira é saber questionar. Afinal, ter dúvidas é um sinal positivo do ponto de vista do aprendizado: quem pergunta, quer esclarecimentos, quer entender do assunto. Porém, em muitos casos, nem o professor tem inteligência emocional para ser questionado nem o aluno se sente capaz de formular “perguntas boas”, o que impacta a troca entre eles.

A taxonomia de Bloom ajuda o indivíduo a conhecer suas limitações e torna seu estudo autônomo mais rico. Criado por Benjamin S. Bloom, é um modelo educacional que classifica e organiza o desenvolvimento do ensino, da aprendizagem e seus objetivos de forma hierárquica. O propósito é que o aluno adquira um conjunto de conhecimentos e habilidades, desde o nível mais básico até o mais avançado.

  • Lembrar: memorizar e repetir os conceitos básicos do conteúdo de estudo. É uma etapa muito básica, quase mecânica.
  • Entender: compreender e explicar os conceitos aprendidos. É uma etapa em que o pensamento crítico e questionador entra em ação – não à toa, está junto à base da pirâmide. Sem essa etapa, toda a evolução pode ser prejudicada. Então é aqui, nesse momento, que as “boas perguntas” devem ser formuladas. Vale dizer que não há “pergunta boba” – toda dúvida merece atenção.
  • Aplicar: resolver situações práticas utilizando o conhecimento adquirido. Também pode ser vista como uma etapa de teste de conhecimentos. Se for preciso, “volte uma casa”. Às vezes, é colocando em prática que percebemos que nos falta alguma informação, que algo não foi bem compreendido, e então surge a oportunidade de fazer novas perguntas para completar o conhecimento. 
  • Analisar: validar hipóteses por meio de testes, utilizando o conhecimento teórico adquirido / Sintetizar: capacidade de argumentar e justificar ideias e posições dentro da área de estudo. Daqui em diante, o aprendiz, confiante nos seus conhecimentos, parte para o uso prático do aprendizado. 
  • Criar: habilidade de criar uma proposta original a partir do aprendizado. Com domínio sobre os temas que aprendeu, o aluno pode testar e validar o conhecimento, aplicando a teoria de formas inovadoras.

Oba! Missão cumprida!

A segunda é instituir a motivação por recompensas. Menos intelectual e mais fisiológica, essa tática lida diretamente com a nossa demanda por dopamina (o “hormônio da felicidade”). A dopamina mostra seu efeito, por exemplo, na satisfação que temos ao responder todas as notificações do celular. 

Contudo, vivemos rodeados por “ladrões de tempo”, tarefas que nos dão o prazer de “dever cumprido”, mas que não são prioridade e ainda tiram nossa concentração. Para ter essa mesma sensação de satisfação causada pelos “ladrões de tempo”, mas por conquistas nos estudos, podemos estipular recompensas que nos motivem. Por exemplo, posso definir que após terminar dois módulos de um curso me permitirei assistir a três episódios seguidos da minha série favorita.  A recompensa pode ser a comida favorita, a aquisição daquele objeto de desejo – enfim, o “combinado” deve fazer sentido para o aluno, individualmente.

Em um primeiro momento, é a recompensa que causará a satisfação. Mas ao realizar essa troca pessoal com frequência, reeducamos o cérebro para ter sensações gratificantes a partir da conclusão dos estudos somente.

  • Quem sente pouca motivação em estudar, ou fica ansioso para chegar ao fim de um curso e estuda com mais pressa do que atenção, pode dividir o objetivo de estudo em pequenas metas. Dessa forma, ao longo do processo, alcançará a sensação de “missão cumprida” mais vezes.
  • A jornada de aprendizado deve ser planejada. Pesquisas, leituras complementares, troca de experiências e conversa com os colegas são sempre enriquecedoras e devem fazer parte do cronograma.
  • Preocupar-se com a utilidade dos conhecimentos adquiridos no curso, na garantia de emprego, por exemplo, não é produtivo. É importante ter em mente que a recompensa mais imediata é o desenvolvimento pessoal. Os frutos da dedicação serão uma consequência.

Sobre a EBAC

A EBAC é uma instituição de ensino inovadora, que oferece mais de 140 cursos online, com foco em educação continuada e desenvolvimento de competências profissionais nas áreas de design, software, programação & data, marketing, audiovisual, moda, games e negócios, além de uma série de iniciativas que preparam o aluno para a inserção no mercado de trabalho. 


Ana Kuntz


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