Gunther Rudzit é professor de Relações Internacionais da ESPM, especialista em segurança nacional e internacional. Foi assessor do Ministro da Defesa.
O envio de tropas do governo chinês para um treinamento conjunto com a Rússia não deve alarmar, pois faz parte da cooperação militar existente entre os dois países há alguns anos, é o que afirma o professor de Relações Internacionais da ESPM e especialista em segurança nacional e internacional, Gunther Rudzit.
O exercício militar Vostok 2022 (Leste 22), teve sua última versão em 2018. Além das tropas chinesas também estarão presentes os militares da Índia, Bielorrússia, Mongólia e Tajiquistão. Os treinamentos militares indicam a dualidade indiana, pois sua marinha tem participado do grupo chamado de Quad, juntamente com os Estados Unidos, Austrália e Japão, considerados adversários chineses.
“O mais importante não é o exercício militar em si, uma vez que as unidades militares da marinha e da força aérea da Rússia e China vêm fazendo outros exercícios conjuntos ao longo dos últimos anos, inclusive este ano. Mas, a mensagem que Moscou quer enviar é que não está com suas forças militares “atoladas” na Ucrânia, a tal ponto de poder fazer um exercício estratégico como este neste momento. segunda mensagem é que os dois países continuarão unidos diante da pressão ocidental sobre os dois governos”, explica Rudzi.
O especialista avalia que resta agora esperar o Vostok acontecer para se ter uma ideia de quais unidades serão realmente empregadas e quais capacidades tentarão demonstrar, já que a Rússia falhou em derrotar rapidamente a Ucrânia.
Gunther Rudzit é professor de Relações Internacionais da ESPM, especialista em segurança nacional e internacional. Foi assessor do Ministro da Defesa.
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William Lara
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