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O mensageiro, o lixo que vira propina e a Lava-Jato

Quem festejou o fim da Lava-Jato, durante o governo Bolsonaro, não esperava que pudesse haver uma operação semelhante em andamento durante todo este tempo: a Operação Mensageiro.

O pivô de toda essa operação foi acompanhado durante mais de um ano e meio, até que, percebendo que estava sendo seguido e monitorado, passou a mudar constantemente de automóvel, de telefone e rotas que seguia.

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Por isso o Ministério Público optou pela prisão que se revelou útil pois a delação premiada de mais um prefeito envolvido acelerou a prisão do pagador de propinas.

Segundo o Gaeco e o Grupo Anticorrupção do MPSC (Geac), ele seria o responsável por intermediar as negociações obscuras em contratos de serviços de coleta e descarte de lixo em diversas cidades no Estado, para o Grupo que atuava no Estado, seu codinome era: “o Mensageiro”.

A operação do MPSC já levou sete prefeitos de Santa Catarina à prisão, e poderá ter novos e surpreendentes desdobramentos, podendo afetar “dezenas” de pessoas.

Os veículos da imprensa catarinense tiveram acesso a texto do despacho do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o pedido de habeas corpus para o empresário “principal responsável pela entrega de propina para dezenas de agentes públicos”.

Na justificativa para o mandado de prisão do “Mensageiro” o TJSC afirma que ele “demonstra elevada infiltração e conhecimento no mundo da criminalidade, ao ponto de ter parado de utilizar o veiculo que estava sendo monitorado, bem como alterar constantemente suas linhas telefônicas”.

De acordo com a coluna de Anderson Silva, no NSC, “os movimentos do “Mensageiro” foram acompanhados pelo MPSC por um ano e meio. Foi por meio desse monitoramento que a investigação avançou sobre os prefeitos. O empresário deixou o Grupo em 2013, mas teria seguido com a responsabilidade de fazer o pagamento de propinas“.

O despacho do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre um pedido de habeas corpus para o empresário, pivô da Operação Mensageiro, ajuda a entender até onde a polícia e o Ministério Público já chegaram nas investigações do “escândalo do lixo” em Santa Catarina. O documento revela que a apuração conta com imagens da entrega de dinheiro a prefeitos.

Há diversas imagens de encontro do investigado com agentes públicos, extrações de dados de encontros e contatos, filmagem de maços de dinheiro em frente à casa de um prefeito” relata trecho do pedido de prisão contra “o Mensageiro”, determinado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina e citado pela ministra do STJ, Laurita Vaz.

Segundo Anderson Silva, do NSC, “o Mensageiro” acertou os detalhes com o MPSC para a sua delação premiada, dando mais vantagem para a operação da Justiça.


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