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Conhecendo alguns dos soldados colonos, primeiros moradores de Alfredo Wagner – 2

Em continuação ao artigo anterior Conhecendo alguns dos soldados colonos, primeiros moradores de Alfredo Wagner – 1 vamos resumir parte do excelente trabalho realizado por Adelson André Brüggemann em sua dissertação, A sentinela isolada – O cotidiano da colônia militar de Santa Thereza (1854-1883) apresentada ao Programa de Pós-graduação em História, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina. No final desta série publicaremos o link para a leitura completa do trabalho deste historiador.

Camillo Rodrigues da Silva foi recrutado em 30 de janeiro de 1854 e foi para a colônia no dia 12 de julho de 1856. Casado, tornou-se praça na Companhia de Inválidos para servir no Exército. O diretor da colônia, não tinha muita simpatia por este soldado colono, o considerava “trapaceiro e preguiçoso”. Em vez de cuidar da terra que recebeu desde que foi para a colônia, a pretexto de medo dos bugres, plantava em capoeiras alheias e em pequenas porções, tanto que suas colheitas eram diminutas. Achava-se com o tempo de praça findo, e desde fevereiro de 1862 queria baixa do serviço, quando finalizou o seu tempo de praça.

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Manoel José Ferreira vivia na colônia desde o dia 17 de julho de 1857. Era paisano e engajou-se por autorização do governo da província por dois anos como colono de 1ª classe e era casado. Pela falta de pessoal, continuou a servir até que, em virtude do aviso do Ministério da Guerra de 5 de novembro de 1862, deu-se por concluído o seu tempo de engajado. Fez novo engajamento para continuar a servir na colônia por 6 anos, em 1º de janeiro de 1863, sem as vantagens dos engajados do Exército. Era praça ativa da colônia e trabalhava com proveito no serviço da lavoura.

Guilherme Ferreira da Cunha foi para a colônia militar de Santa Thereza no dia 24 de agosto de 1857, não era militar mas paisano e engajou-se como Manuel José Ferreira por autorização do governo da província por dois anos como colono de 1ª classe, ele também era casado, tendo levado consigo sua família. Continuou a servir na Colônia Militar até que, em virtude do aviso do Ministério da Guerra de 5 de novembro de 1862, deu-se por concluído o seu tempo de engajado. Fez novo engajamento para continuar a servir por 6 anos, em 1º de janeiro de 1863, sem as vantagens dos engajados do Exército. Assim como seu colega, Guilherme era praça ativa da colônia e trabalhava com proveito no serviço da lavoura.

Martinho Paulino Pereira, que vivia na colônia desde 10 de fevereiro de 1858, possuía as mesmas condições Guilherme e Manoel, mencionados anteriormente, ou seja, era civil, não militar. E como eles era bom no trabalho da lavoura e praça ativa na colônia.

Manoel Joaquim Correia Era proveniente do Batalhão de Depósito tornou-se soldado-colono no 1º de novembro de 1858 quando mudou-se para a Colônia Militar com sua família.. Era oficial de carpina e além dos serviços próprios de sua profissão, quando havia, empregava-se em outros trabalhos da colônia. No tempo que lhe restava empregava-se em suas plantações.

Segue…